sexta-feira, 6 de junho de 2008

Lançado projeto para prevenir resistência aos antibióticos

A resistência microbiana aos antibióticos vem aumentando rapidamente em todo o mundo, e, em particular, no ambiente hospitalar. Para mudar esse quadro, a Anvisa, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e com a Coordenação-Geral de Laboratórios em Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGLAB/SVS/MS), está implantando a Rede de Monitoramento e Controle da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde – Rede RM. O uso indiscriminado e equivocado de antibióticos facilita o surgimento de bactérias e outros microrganismos cada vez mais resistentes, reduzindo a eficácia dos medicamentos. Internações mais longas, o uso de antibióticos mais caros e mais tóxicos são algumas das conseqüências do uso inadequado dessas drogas, o que, além de dificultar e encarecer os tratamentos, pode até impossibilitá-los. Para combater e controlar essa resistência, é preciso mapear o perfil de sensibilidade dos organismos que atingem hospitais e população, ou seja, analisar o efeito do medicamento sobre esses microrganismos. No Brasil, os dados microbiológicos estudados e publicados até o momento são incipientes. A formação da Rede RM objetiva preencher essa lacuna. A princípio, irá englobar os hospitais-sentinela (hospitais de alta complexidade) e os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) – a rede piloto, com ações integradas e sistematizadas, método padronizado, controle de qualidade, análise e divulgação de dados.


Etapas do Projeto


O projeto é dividido em quatro etapas. A primeira consiste na capacitação de profissionais dos laboratórios de microbiologia da rede piloto; a segunda no desenvolvimento e implementação do programa periódico de controle de qualidade laboratorial, com padronização do controle interno e externo e avaliação periódica de desempenho; a terceira etapa marca o início de funcionamento da rede piloto de referência laboratorial nacional e regional para o diagnóstico e monitoramento de resistência microbiana em serviços de saúde. A última etapa, por sua vez, não representa o término do projeto, mas o transforma em uma atividade sistemática, pois envolve a ampliação constante da rede piloto e a retroalimentação permanente de informações para os serviços de saúde e a população, com integração à Rede Internacional de Resistência Microbiana da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em todas as etapas, a Rede RM será subsidiada pelo Comitê Técnico Assessor para Uso Racional de Antimicrobiano e Resistência Microbiana – Curarem, instituído no último dia 6 de julho, com caráter consultivo. O comitê deve assessorar a Anvisa e o Ministério da Saúde no estabelecimento de diretrizes e definições de estratégias de atuação para a vigilância, a prevenção e controle da disseminação da resistência microbiana, comunitária e hospitalar, bem como no acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas.



Esse projeto é imprescindível para evitar a resistência das bactérias,pois o número de infecção bacteriana aumenta cada vez mais dentro de unidades hospitalares.Com um maior controle e resolutividade dessa situação,com certeza haverá um menor número de complicações e óbitos.



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